Muito tem-se falado sobre a função de Business Partner de recursos humanos nos últimos anos. Na verdade, esta função há tempo já existe – era conhecida como “consultor interno de recursos humanos”. Como “consultor”, cabe a este profissional estudar a organização e o mercado, diagnosticando problemas, procurando inconformidades e identificando oportunidades, para então propor soluções.

A natureza do trabalho de Business Partner de RH não mudou, este profissional continua sendo o responsável por estudar, avaliar, analisar o funcionamento do mercado e da organização – gestão, procedimentos, processos – para propor correções e melhorias, colocando a organização em melhores condições de exploração do mercado e enfrentamento da concorrência.

Portanto, a grande missão do cargo de Business Partner de RH é: “Traduzir e implementar a estratégia da organização em seus desdobramentos na gestão de pessoas”. Isso por si só já seria um grande desafio, mas o grande problema parece não estar aí. A questão é que, na maioria das organizações, o Business Partner de RH está envolvido (para não dizer “sobrecarregado”) nas questões operacionais. O profissional é contratado como Business Partner, mas é cobrado pela de operações de RH, como: recrutamento, folha de pagamento, treinamento, gestão de benefícios, comunicação interna. Seu tempo é consumido por rotinas, resolução de problemas e operações, limitando a sua atuação na estratégia e elaboração de planos que agreguem de fato valor a organização.

Claro que as operações do RH são necessárias e muito importantes! Tudo que peço é que não classifique como Business Partner de RH os profissionais responsáveis pela operação – para isso temos nomenclaturas mais pertinentes, como: analista, auxiliar, assistente, especialista… se for para chamar de Business Partner, que se cobre então por soluções que coloquem as pessoas a serviço da estratégia da organização!

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